Velho Alienígena

Há um velho alienígena
Escondendo o segredo
Da aurora boreau em seu bolso
Enquanto zumbis passeiam
Pelo campo de trigo
Perdidos
No vácuo da memória
Clarabóia

SOBRE O SISTEMA

O sistema político é depravado,
 a internet é falha,
e as pessoas arranjando um jeito  de enganar as outras sem serem culpadas🤷🏿‍♂

O que sou

Sou o silêncio gritante
Intensidade e ansiedade
Alma velha resmungante

O cascudo
Assediador mental
Nômade emocional

Caçador da criatividade
As rugas da idade

Velho menino pensador

Sou o bigode
Do Paulo leminski

Sou até
Ariel golinski

O lado ingrime do glu glu yeah

Sou o q eu quiser
Até mesmo um qualquer

A VIDA TODA E O MEDO DA VIDA TODA

O conceito de usar a camisa de vênus é ignorado. Plóft! O fálico não foi protegido e caímos nascendo no pau do capitalismo.

Muito bem, os ossos sendo quebrados pelas mãos de nossos ancestrais, os macacos, provaram a evolução da espécie. O cérebro humano processando cada vez mais novas formas de raciocínio, adaptabilidades e criações, enfim, o surgimento da tecnologia. Neste sentido, vamos imaginar um macaco atravessando a nossa tela mental, com aquela roda de pedra,duas vezes o tamanho dele, esta roda ainda gira, porém em um sentido mais amplo.

Uma atmosfera interessante, e que já funcionou muito bem, no que condiz com a evolução. A roda abriu caminhos, acessos, abriu estradas, e foi também formas de engrenagens, timões de navios, rodas, ramificações de rodas, tudo é elíptico, infinito circular, vida dentro de vida. Mas parece comum ao ser humano o comportamento da Iris, se contrai quando encontra luz, abraça a escuridão.

Mais adiante a roda gira em expansão da percepção e raciocínio do ser humano e a comunicação passa para os sinais radiofônicos , a mensagem é então enviada e com objetivo alcançado porém sem a necessidade da presença física, um espetáculo para os criadores, o discurso do rei na sala dos habitantes da grande massa. Porém anestesiante para os receptores, o início do sedentarismo no qual condizem pensamentos em massa cheios de efeitos hipodérmicos. E assim a roda gira, como diriam “Mamonas Assassinas – Roda, roda e vira, solta a roda e vem”, a comunicação se expande para  outro veículo, catéter que penetra nos divertículos mentais e emocionais do dia a dia urbano, a tv.

Apesar de mais recursos e disponibilidade de imagens, a tv mostra aquilo apenas que o governo deseja,” maracutaia”  antiga, pão e circo de Roma. Ao mesmo tempo, é tão bom lembrarmos que a roda ainda gira, e bons ventos a fazem girar junto com este, o surgimento da neblina virtual, o espaço web, a internet, o adquirir de uma nova forma de comunicação e conhecimento sem restrições de acesso (até então).  A comunicação torna-se independente, infelizmente de não acesso à todos. Porém a evolução do ser humano não é e nunca foi proveitosa somente para o bem.  Este aprendeu a girar uma engrenagem maior e manipular através de acontecimentos indutivos, causando choque, espanto a grande massa.

Vida se comunicando com engrenagens não mais circulares, agora somos hiperlinks e como tais, sem centro.

Assediadores de pensamentos, educadores de inserções fúteis, distração, consumo, consumo,consumo,indústria de consumo, massificação de pensamentos iguais, criando pessoas como frangos em viveiros, sendo induzidos pra lá e pra cá nos estalar dos chicotes dos macacos melhores desenvolvidos, espertos para uso da má fé, satisfeitos por ego e poder. Construindo e destruindo sonhos, enganando, explodindo, assustando, dominando. Fazendo da massa indivíduos feito galinhas que correm na frente de caminhões.

   

Agora nos domina o medo. Medo de qualquer coisa, qualquer momento, qualquer notícia que nos tire o medo de ter medo. Medo de não ter o que fazer e não poder mais dizer: “Não tenho tempo de pensar nisso”.

E em um momento de harmonia, o casal toma um vinho “Campo Largo” em uma casa da COHAB parcelada em 35 anos, aguardando a pizza industrializada congelada esquentar no micro ondas das casas BAHIA, no meio de tantas mensagens, que a “roda” envia, na televisão esquecida porém ligada, Gugu fala sobre o quadro “de volta para minha terra”:

- Dona Efigênia volta para a cidade natal depois de passar leito de sofrimento em busca de condições melhores de vida na cidade de São Paulo e se dá mal. Rapidamente Liberato vira-se para outra câmera e outra máscara cobre seu rosto dizendo:

- A Zaelli é pioneira em produtos alimentícios, uma dos melhores sabores você encontra no mercado mais próximo de sua casa.

O casal faz “amor” ao meio de músicas, ilusão, esquecimento, nossa que molhadinho! Pensa o macaco em evolução, lembrando que precisa usar a camisa de vênus, mas em conflito com o momento e prazer da loucura da pele, ele recorda-se da Dona Efigênia: “Que medo que isso aconteça comigo um dia...”

- Vou mudar o mundo, vou explodir  o capitalismo vou criar um dia revolucionário, eu sou um herói. Não vou usar camisa de vênus dessa vez!

O micro ondas apita, a pizza esfria, ele pede um cigarro e tung!

Mais um ser humano nasce caindo no pau do capitalismo.