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quinta-feira, 17 de maio de 2012

O dia é nosso


Na terra do sol, a paisagem distorcida que parece a esquina da vida.
 Horizonte trêmulo, manchado de marrom-poeira e amarelo-vermelho escaldante
Perambulantes folhas secas, ávidos rodamoinhos de vento
Sacode , pisca os olhos, desvia o seu olhar dessa ampulheta
E acorda para um bom dia nosso.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Whisky


Quando contemplo o  whisky dos teus olhos
Perco-me  na whiskysita esquina do teu olhar
Sinto uma whiskyizofrenia nos sentidos
Como se, um whiskylo quebrando as nozes da própria mente.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tua flor no meu jardim


E agora sonho bom?
Você vai sumir quando eu acordar?
Precisa deixar acontecer,
Não é jogo sujo, nem beijo forçado
É prazer
Coração que bate equilibrado
Encante a minha vida arisca
Este trapezista
De um amor só.

Alecria


As palavras se encaixam
Legumes e carinhos
Ácidos, cloreto de potássio
Traços enrugados jogando clave
No céu a mãe nave

Cor de prata com violeta
E as cornetas
Todas zombando de mim
Alegria e alecrim.

CHOVEU LIXO






Foi quando o ser humano notou
Que de todo o lixo que produzira
A terra não mais absorvera
E então foram criados vários foguetes
Em direção ao sol
Para assim dar fim ao entulho
E assim foram lançados
Para os confins do universo
Mas o processo não funcionou
A galáxia rejeitou
E foi assim que choveu lixo.

Lesmian


Me deixa
Na madeixa rubi
Que alcança sua face
Não sou pulga adestrada
Nem mola maluca quebrada
Sou ruga!

Naty



Solanácea libélula
Asas cor de amanitas
Olhos florescentes cintilantes

Sinuosa voadora,
Frágil belatriz
Venturosa venosa florente feliz.

Dia


Bom dia Alice , o que foi.. o que foi que eu te disse ontem?
Eu devo ir embora, não devia estar aqui , pra ver você se trocar.
Não devia deixar eu te convencer,
Alice, o que foi que eu de disse,
Acorda Alice, preciso beber, fugir
Encontrar o que te disse
Convencer mais uma vez Alice.

Solstício

                                                              Que horas são no sol ?
Como farei para encontrar o brilho no seu olhar?
Pequeno planeta íris
Atmosfera evanescente
Efeito teimosia
Que mastiga os meus nervos
O passado tosse
E escarra em minha boca
Às necessidades do presente.

Sim


Eu não sei dançar pra te acompanhar
talvez tenho mais pecados
por ser mais velho
enquanto alguns vêem uma poça no meio da rua
outros podem admirar as cores de óleo diesel em suas águas
tudo foi e sempre será:
sintonia.

O que eu realmente quero


Quero água no sertão
Quero flores no deserto, na imensidão

Quero selva nas cidades
Riqueza na pobreza
E humildade na riqueza
Quero dignidade nas pessoas
Tons,sons e músicas boas

Quero ar limpo no meio da poluição
Quero ex-ladrão, ex-político-bandido
Quero lar aos necessitados em vez de abrigo

Quero singular no partidos políticos
Todas as religiões em uma só
Harmonia em todos os embaraços
Quero guerra de abraços

Quero lucidez na estupidez
Soluções nos problemas
Nas contradições

Ordem na desordem
Quero as esperanças realizadas
O respeito entre os seres vivos
Quero morte do capitalismo

E o nascer de sorrisos
De amores à amigos
Quero todos vivos e aceitos
Satisfeitos, eu quero o paraíso.

Zumbí


As vezes você me destrói
Pra me consertar em pedaços
É aí que você sonha pesado
Tormento e flagelo
Toca na morte gélida
Ceifando minha alma
Me fazendo um zumbi feliz.

Ovóide


Não sei onde esta

Porque você não grita?
Me chama! Pede socorro,
Mãe desencarnando na cozinha,
O telefone toca...
Alô? Não, não tem ninguém com esse nome,
Vou fritar um ovo,
A gema do sol que me cega
quando olho pra você dia lindo
Desmaia sol,
brilha na minha barriga.

Doçura

Te vesti de menta
pra refrescar o sabor
circulei as suas pegadas
em areia de jardim zen
e agora o que me resta
a sua lembrança macia
quando mordo o cacau do chocolate
e a doçura do céu
que minha língua degusta
chuva.

A linha férrea


Corrente de ar circunferencial
Disposição natural que veio a te encontrar
E sob os pés levantou as folhas secas
Inclinou a tendência de mover-se
Neste determinado sentido
Vento separado, abstraído
Mais adiante reflete em ferro polido
Em curvas horizontais que estende
A linha férrea.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Longe


Deixo em dia meu pensamento por você
Mas o cheiro doce não consigo sentir
Só a menta no meu bolso
que faz eu mastigar, este silêncio
a ausência,
a cãimbra-dor-da-não-presença
e os segundos sardentos-sonoros
Circulam e fecham cada vez mais
a minha paciência
em noites assim esquecidas
sentimentos viram letras escorridas.

Sem mágoa


Ainda o vento espalha a chuva, nesta tarde tão calma, onde o tempo parece parado
Ainda o sol se esconde atrás das nuvens carregadas e escuras
Ainda resisto a não olhar para o relógio e saber quanto tempo falta
Ainda as flores molhadas me fazem lembrar de você.