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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tã nã tã nã nã nã





Sal do mar pequena horta marinha
na boca os anzóis pequenos pedaços de linha

tartaruga ferida, feito nota de 2 reais
o velho naufrágio é decorado por corais

arraias-arcanjos voando dentro d'agua
vivas, águas-vivas expulsando o fígado transparente
pele ardente , veneno azul, descasa dormente

entre a sujeira do oceano, e a escuridão silenciosa ele surge,
riscando as águas, levantando a areia
atropelando âncoras, mutilando as focas

o tiranossauro dos mares, assassino sanguinolento
dentes de moto-serra, olhos de diabo
tubarão branco ,furioso por mais um dia de tormento

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Flush de coração




O nosso beijo saiu faísca

Essa garota arisca
Meu coração a fisgou



Parece que eu sempre esperei
Assim, ser o teu rei ( me achei)



No torneio Daily
Nosso encontro marcado
Esse jogo não é de azar



Calma! Só foi pra flushar
Entendeu mulher de leão?
É claro que o flush é de coração!



Vem cá, me diz por que eu estou tão feliz?
Acho que já sei, minha Sansei
Isso não se explica
É tão exato quanto a matemática infinita



Tive uma leitura
Nos números que você adora
Minha Cogú
Jogando Sudoku



Vamos, não me deixa aqui falando

Na mesa da jogatina eu comando

Quer arriscar um amor?

Seja lá o que for
Se eu fui domado ou sou o domador



Ah meu amor.... Posso te chamar assim?
Perco-me nas cores dos teus olhos
Um azul escondido no verde alecrim



E como se não bastasse assim
Um leve amarelo mostarda
Eu fico na guarda



Apenas olhando as cartas do baralho
Girando no nosso destino
Óinc! Eu sou um suíno! Ahahaha, calma eu explico!
Mas só ao vivo, te suplico!



É, vou dar all in sem me preocupar
Isso sim é acreditar



Heim, minha alegria
Escreverei pra ti todos os dias
Na mesma sintonia
Ahh,, essa poesia que nunca irá acabar.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Circunflexo



E pra lembrar de mim
Toca o céu da boca com a ponta da língua
Tá?

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tanto amor assim



amor-pedregulho
amor-de-mula
amor-tícia
amor-tecido
amor-tadela
amor-cego
amor- daça
amor-fina
amor-talha
amor-canalha

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sofázez


Ah vida de sofá
era como música
do-ré-mi-só e fá 
água na estofa
nos frizos farinha, farofa e cafofa
rosto liso,quando criança 
de bolacha enchia a pança 
assistindo tv, ora outra um sorriso...
Navegava no sofá
também no espaço voava
corria, vivia a enorme fantasia
de pés descalços, pijamas 
junto com os brinquedos 
carrinhos e tabuleiro de damas
Subia no seu braço e uma cambalhota,
a mãe servia tody, coberta e uma bicota
em dias de inverno o sofá me abraçava
eu dormia e acordava,, com o rosto florido frisado,
por pouco tempo marcado
sofá-mania, de cabeça pra baixo
plantando bananeira, 
sempre uma nova brincadeira
sofá de flores e cor de aboboreira...


Bazar dos sonhos


A doce luva branca que desenha os sonhos
Desejos escondidos agora tomam a frente
O que você faz? Não faz nada! Não tem o que fazer
Aliás, nem quer, por que esta bom assim
Rodar suave, subir subir, leve e calma
Flor de hortelã, não existe tempo
Nem hoje, ontem.. nem amanhã
O agora é frio, mas você não esta aqui
O sino de vento tocou, e a chamou.. tanto...
Que os pássaros enlouqueceram,, voaram céu adentro
E agora, as migalhas de pão no telhado, esverdeantes
Mancham a  vista da  janela,
Espero a chuva cair, para que me santifique 
E me liquefaça, escorrendo ao lugar onde te encontras.

Sem medo


Foi na noite em que eles sentiram
O momento de provar um ao outro
A confiança existente
Em punho ambos, suas lâminas
Ela deixa e também faz
Ele em sincronia, crava em seu ombro
Assim mesmo, para não matar
Apenas trocarem
Facadas de amor.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Por quê?


Alguma coisa acontece no meu coração
sempre de manhã cedinho
vem-me você na memória
mulher retórica
me envolve com o tom da sua voz
e embala meus pensamentos em um ritmo leve e próprio
deve ser como ópio,
estranha hipnose,
uma garrafa com rótulo "love"
será amor ou somente uma dose?

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O dia é nosso


Na terra do sol, a paisagem distorcida que parece a esquina da vida.
 Horizonte trêmulo, manchado de marrom-poeira e amarelo-vermelho escaldante
Perambulantes folhas secas, ávidos rodamoinhos de vento
Sacode , pisca os olhos, desvia o seu olhar dessa ampulheta
E acorda para um bom dia nosso.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Whisky


Quando contemplo o  whisky dos teus olhos
Perco-me  na whiskysita esquina do teu olhar
Sinto uma whiskyizofrenia nos sentidos
Como se, um whiskylo quebrando as nozes da própria mente.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Tua flor no meu jardim


E agora sonho bom?
Você vai sumir quando eu acordar?
Precisa deixar acontecer,
Não é jogo sujo, nem beijo forçado
É prazer
Coração que bate equilibrado
Encante a minha vida arisca
Este trapezista
De um amor só.

Alecria


As palavras se encaixam
Legumes e carinhos
Ácidos, cloreto de potássio
Traços enrugados jogando clave
No céu a mãe nave

Cor de prata com violeta
E as cornetas
Todas zombando de mim
Alegria e alecrim.

CHOVEU LIXO






Foi quando o ser humano notou
Que de todo o lixo que produzira
A terra não mais absorvera
E então foram criados vários foguetes
Em direção ao sol
Para assim dar fim ao entulho
E assim foram lançados
Para os confins do universo
Mas o processo não funcionou
A galáxia rejeitou
E foi assim que choveu lixo.

Lesmian


Me deixa
Na madeixa rubi
Que alcança sua face
Não sou pulga adestrada
Nem mola maluca quebrada
Sou ruga!

Naty



Solanácea libélula
Asas cor de amanitas
Olhos florescentes cintilantes

Sinuosa voadora,
Frágil belatriz
Venturosa venosa florente feliz.

Dia


Bom dia Alice , o que foi.. o que foi que eu te disse ontem?
Eu devo ir embora, não devia estar aqui , pra ver você se trocar.
Não devia deixar eu te convencer,
Alice, o que foi que eu de disse,
Acorda Alice, preciso beber, fugir
Encontrar o que te disse
Convencer mais uma vez Alice.

Solstício

                                                              Que horas são no sol ?
Como farei para encontrar o brilho no seu olhar?
Pequeno planeta íris
Atmosfera evanescente
Efeito teimosia
Que mastiga os meus nervos
O passado tosse
E escarra em minha boca
Às necessidades do presente.

Sim


Eu não sei dançar pra te acompanhar
talvez tenho mais pecados
por ser mais velho
enquanto alguns vêem uma poça no meio da rua
outros podem admirar as cores de óleo diesel em suas águas
tudo foi e sempre será:
sintonia.

O que eu realmente quero


Quero água no sertão
Quero flores no deserto, na imensidão

Quero selva nas cidades
Riqueza na pobreza
E humildade na riqueza
Quero dignidade nas pessoas
Tons,sons e músicas boas

Quero ar limpo no meio da poluição
Quero ex-ladrão, ex-político-bandido
Quero lar aos necessitados em vez de abrigo

Quero singular no partidos políticos
Todas as religiões em uma só
Harmonia em todos os embaraços
Quero guerra de abraços

Quero lucidez na estupidez
Soluções nos problemas
Nas contradições

Ordem na desordem
Quero as esperanças realizadas
O respeito entre os seres vivos
Quero morte do capitalismo

E o nascer de sorrisos
De amores à amigos
Quero todos vivos e aceitos
Satisfeitos, eu quero o paraíso.

Zumbí


As vezes você me destrói
Pra me consertar em pedaços
É aí que você sonha pesado
Tormento e flagelo
Toca na morte gélida
Ceifando minha alma
Me fazendo um zumbi feliz.

Ovóide


Não sei onde esta

Porque você não grita?
Me chama! Pede socorro,
Mãe desencarnando na cozinha,
O telefone toca...
Alô? Não, não tem ninguém com esse nome,
Vou fritar um ovo,
A gema do sol que me cega
quando olho pra você dia lindo
Desmaia sol,
brilha na minha barriga.

Doçura

Te vesti de menta
pra refrescar o sabor
circulei as suas pegadas
em areia de jardim zen
e agora o que me resta
a sua lembrança macia
quando mordo o cacau do chocolate
e a doçura do céu
que minha língua degusta
chuva.

A linha férrea


Corrente de ar circunferencial
Disposição natural que veio a te encontrar
E sob os pés levantou as folhas secas
Inclinou a tendência de mover-se
Neste determinado sentido
Vento separado, abstraído
Mais adiante reflete em ferro polido
Em curvas horizontais que estende
A linha férrea.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Longe


Deixo em dia meu pensamento por você
Mas o cheiro doce não consigo sentir
Só a menta no meu bolso
que faz eu mastigar, este silêncio
a ausência,
a cãimbra-dor-da-não-presença
e os segundos sardentos-sonoros
Circulam e fecham cada vez mais
a minha paciência
em noites assim esquecidas
sentimentos viram letras escorridas.

Sem mágoa


Ainda o vento espalha a chuva, nesta tarde tão calma, onde o tempo parece parado
Ainda o sol se esconde atrás das nuvens carregadas e escuras
Ainda resisto a não olhar para o relógio e saber quanto tempo falta
Ainda as flores molhadas me fazem lembrar de você.